Eles querem me matar! Não posso vê-los, mas posso ouvi-los. Passos e mais passos invadem o meu quarto Ouço minha esposa e meus filhos; Recordo-me dos meus pais.
Argumentaram que não havia cura, Fingiram não saber a causa Simularam a busca de uma solução. Meu corpo se encontra inerte A boca está seca, a mente vazia, Onde me encontro agora?
Nunca rezei; sempre fui cético. Chegou o momento de refletir e de me arrepender? Ah, se eu pudesse me mover, Ao menos murmurar!
Finalmente deparo-me com o meu destino: “Desliguem a máquina!”, foi o que ouvi. A cada clique um pedaço de mim que agonizava. Ouvi passos se aproximando do meu leito, Senti os doces lábios de minha amada E o abraço caloroso de meus filhos... Tudo estava consumado, O derradeiro clique se fez ouvir.
Nas profundezas da escuridão Meu coração guardava um silêncio, Cujas lembranças se desfizeram em lágrimas. Mas somente uma: a do Adeus, Rolou pelo meu rosto.
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A Lágrima do Adeus
Eles querem me matar!
Não posso vê-los, mas posso ouvi-los.
Passos e mais passos invadem o meu quarto
Ouço minha esposa e meus filhos;
Recordo-me dos meus pais.
Argumentaram que não havia cura,
Fingiram não saber a causa
Simularam a busca de uma solução.
Meu corpo se encontra inerte
A boca está seca, a mente vazia,
Onde me encontro agora?
Nunca rezei; sempre fui cético.
Chegou o momento de refletir e de me arrepender?
Ah, se eu pudesse me mover,
Ao menos murmurar!
Finalmente deparo-me com o meu destino:
“Desliguem a máquina!”, foi o que ouvi.
A cada clique um pedaço de mim que agonizava.
Ouvi passos se aproximando do meu leito,
Senti os doces lábios de minha amada
E o abraço caloroso de meus filhos...
Tudo estava consumado,
O derradeiro clique se fez ouvir.
Nas profundezas da escuridão
Meu coração guardava um silêncio,
Cujas lembranças se desfizeram em lágrimas.
Mas somente uma: a do Adeus,
Rolou pelo meu rosto.
(Agamenon Troyan)
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