Wednesday, June 27, 2007
O meu Vermeer
Fui hoje a Washington e como sempre faço dei um pulinho de cinco minutos à National Gallery para ver o meu Vermeer, A Garota (ou será garoto?) do Chapéu Vermelho. Desta vez conheci a verdadeira dona do quadrinho (tem 20cm de altura), Donnie, um encanto de pessoa. Ela me fotografou ao lado do meu Vermeer e me mostrou o Vermeer dela, a mulher escrevendo uma carta. É a mais profunda conhecedora de Vermeer que já conheci. Também pudera, é a vida dela há 20 anos, o trabalho de Donnie é passar o dia todo vigiando essas telas e em geral, em dias como hoje, sem quase nenhuma visita. Se eu fosse pintor faria um retrato de Donnie como a moça do chapéu vermelho ou a mulher escrevendo uma carta.
Sunday, June 17, 2007
Sofri mais um ataque da Síndrome de Stendhal hoje diante desses dois quadros do Van Gogh numa exposição maravilhosa na Neue Gallerie, Van Gogh e os Expressionistas Alemães. A pintura do quarto é uma das três versões que ele pintou e a mais deslumbrante. O verde do chão e da janela é transcendental. Está em Chicago e veio para a mostra. A do ceifador veio de Amsterdã. Eu estava embasbacado olhando o ceifador quando uma moça parou e começou a tremer e chorar diante do quadro. A síndrome ataca!
all about David
« J'étais arrivé à ce point d'émotion où se rencontrent les sensations célestes données par les Beaux Arts et les sentiments passionnés. En sortant de Santa Croce, j'avais un battement de cœur, la vie était épuisée chez moi, je marchais avec la crainte de tomber. » Stendhal
Edinha Diniz minha amiga erudita me explicou os êxtases que tenho experimentado, como ontem ao ver Alessandra Ferri e Roberto Bolle em Manon. É a síndrome de Stendhal, que acomete pessoas sensíveis à beleza diante da experiência de uma obra de arte transcendente. Aconteceu com Stendhal em Florença, na Santa Croce, daí o nome. E acontece com frequência com turistas em Florença, especialmente diante do David original na Galleria dell'Academia. Muitos chegam a ser hospitalizados!
No YouTube achei este exemplo hiariante de um turista americano dando piti ao gravar o David em video.
E a Stanford University fez um digital scan do David.
Vui ver Ferri e Bolle em Manon. Chorei o tempo todo de pura felicidade. Deslumbrante a dupla. Depois fui falar com eles nos camarins. Alessandra com os dois filhinhos pequenos, menina e menino, lindos. Roberto saindo do chuveiro só com uma toalhinha. A toalha era verde. Ele topou gravar uma entrevista. Sábado volto para Romeu e Julieta.
Thursday, June 14, 2007
Alessandra Ferri se despede do Ballet Theatre dia 23 em Romeu e Julieta. Vou ver. O partner dela, pela primeira vez em NY, é o também italiano Roberto Bolle. Para tristeza do público gay o rapaz é straight. Um tremendo Romeu. Esta semana o New York Times o descreveu como "um deus grego". Muitos o consideram o melhor bailarino do mundo. É a estrela do Royal Ballet.
Saturday, June 09, 2007
O namorado de Gisele Bündchen, Tom Brady, é o jogador número 1 do futebol americano. Na lista das 100 celebridades da revista Forbes ele vem em 52 e ela em 71, mas Gisele ganha mais do que Brady por ano (30 milhões de dólares contra os 29 dele). Ele é o quarterback do New England Patriots e levou o time à vitória em três campeonatos, um craque. Brady, 29, vai ser pai em setembro. A mãe da criança é a ex-namorada Bridget Moynahan, com quem ele rompeu em dezembro, antes de conhecer Gisele.
No link abaixo o video da revista Details que está na banca, com Tom Brady na capa.
Cover Shoot: Tom Brady
Sunday, June 03, 2007
Saturday, June 02, 2007
Clique no link abaixo para ouvir a suite do ballet A Bela Adormecida de Tchaikovsky
11 The Sleeping Beauty - Suite from.m4p
11 The Sleeping Beauty - Suite from.m4p
Fui ver A Bela Adormecida do Ballet Theatre com Veronica Part e o brasileiro Marcelo Gomes. Marcelo é a nova sensação do ballet clássico. O Metropolitan Opera House onde a companhia se apresenta vem abaixo quando ele aparece em cena. Marcelo é de uma presença, elegância e perfeição sem igual entre os outros primeiros bailarinos da companhia. Fui cumprimentá-lo, especialmente por ter criado o papel do Príncipe na estréia desta nova coreografia de Gelsey Kirkland e Kevin McKenzie.
Pela primeira vez neste ballet, para muitos a mais pura criação de Marius Petipa, o Príncipe ganha vida própria - antes sua única função era acordar a princesa. E Marcelo, ao criar o papel, estabeleceu uma referência difícil de igualar pelos bailarinos que dançarão a nova coreografia. Arrasou.
Conheço Marcelo desde que chegou a Nova York com 17 anos, contratado para o corpo de baile do ABT, há 10 anos. Em 2002, tornou-se primeiro bailarino. Desde então a crítica e o público o consagraram em papéis como Romeu, Albrecht, o príncipe do Lago dos Cisnes e muitos outros. Entre os bailarinos da companhia ele é o melhor partner, não só por ser o mais alto (1m85) e o mais forte, mas pelo talento como ator e a química com as partners - além de Part, Veronica Herrera, Carmen Corella, Julie Kent, e outras.
No palco, Marcelo é o perfeito par romântico, um autêntico príncipe encantado. Deixa loucas suas legiões de fãs.
O notável é que ele é um dos raros bailarinos entre as grandes estrelas do ballet clásico que se assumiram publicamente como homossexuais, na maior tranquilidade. Saiu na capa da revista Advocate em 2003 (manchete: Romeo is Gay), sem causar polêmica ou disse-me-disse. Afinal ele tem o apoio dos colegas de profissão e amigos e principalmente da família, que se mudou de Manaus para o Rio nos anos 80. Marcelo estudou na escola da Dalal, depois na Harid da Flórida e na Ópera de Paris. Foi descoberto por McKenzie quando o Ballet Theatre se apresentou no Rio nos anos 90. Marcelo vai longe. Como ele mesmo me disse quando fui cumprimentá-lo, "é daqui pra cima".
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