Tradução de Jorge Pontual
Não entre na noite pra se render,
Velhice é pra arder até o fim,
Lute, lute para a luz não morrer.
O sábio aceita bem o escurecer
Mas tem palavras de luz e por fim
Não entra na noite pra se render.
O justo, que ao partir irá sofrer
Porque não lhe coube um melhor jardim,
Luta, luta para a luz não morrer.
O rude que põe o sol pra correr,
E vê tarde demais o que é ruim,
Não entra na noite pra se render.
O sério, ao pé da morte, já sem ver,
Acesos os olhos, alegre enfim,
Luta, luta para a luz não morrer.
E você meu pai, triste de se ver,
Amaldiçoe, abençoe-me assim.
Não entre na noite pra se render,
Lute, lute para a luz não morrer.
1 comment:
Belíssimo poema!
Ouvi sua sua declamação no "Em Pauta", parabéns!
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