Que a América Seja a América, Langston Hughes
Tradução e adaptação, Jorge Pontual
Que a América seja a América de novo,
seja o sonho que costumava ser,
seja a grande terra forte do amor
onde nenhum homem pode ser esmagado pelos de cima,
uma terra onde a
oportunidade seja real, a vida seja livre,
a igualdade esteja no ar que a gente respira.
Nunca houve igualdade pra mim,
nem liberdade nesta terra de homens livres.
Eu sou o branco pobre, enganado e excluído,
eu sou o negro com as cicatrizes da escravidão,
sou o índio expulso da terra,
sou o jovem cheio de força e esperança
preso à antiga corrente sem fim
do lucro, do poder, da sanha
de possuir tudo por pura ganância.
Eu sou o agricultor preso ao solo,
sou o trabalhador vendido à máquina,
sou o negro que serve a todos,
sou o povo, humilde, faminto, pequeno.
Que a América seja a América de novo,
a terra que ainda não é
mas tem que ser – a terra onde todo homem é livre.
A América nunca foi a América pra mim,
mas eu faço este juramento:
a América será!
Nós, o povo, temos que redimir
a terra, as minas, as plantas, os rios,
as montanhas e a planície sem fim
e fazer a América nascer de novo!
Thursday, August 21, 2014
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Incrível. Admirei profundamente este texto. Obrigado.
Maravilhoso poema!
Post a Comment