Sunday, January 20, 2008
Fui ao Carnegie Hall para o concerto do trio Thomas Quasthoff (baixo-barítono), Ian Bostridge (tenor) e Dorothea Röschmann (soprano), cantando Schubert. Bostridge e Röschmann são ótimos e a tournée do trio pela Europa foi uma sensação. Mas o grande impacto é Quasthoff. Nascido na Alemanha, 48 anos, ele é uma vítima da Talidomida, o remédio que era dado para o enjôo das grávidas e fazia os bebês nascerem deformados. Ele mede 1,20, as mãos, uma com três dedos, a outra com quatro, saem diretamente dos ombros, e as pernas não têm joelhos. Quasthoff anda com dificuldade, mas anda. Ele escala uma plataforma onde se senta para a performance. E quando ele começa a cantar é uma revelação. Não é o chavão de dizer que "a gente esquece que ele é deformado". É que a grandeza dele como artista e pessoa transcende a aparência física. A voz é poderosa e vai do tenor ao baixo profundo. Mas ele valoriza mais a interpretação dramática do que a técnica. É um grande ator.
Achei o CD que ele gravou com canções românticas do repertório jazzístico americano e aqui vai My Funny Valentine.
E do Requiem Alemão de Brahms, Herr, lehre doch mich, com a Filarmônica de Berlim regida por Simon Rattle.
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2 comments:
Oi Jorge!
Não consegui entrar no link do Valentine...:-(
Será que o problema é só meu?...
Abs,
Ritoca
Ritoca,
o link está funcionando sim.
Está em m4a e está perfeito (lindo).
Tente novamente, ok?
Posso garantir que vale a pena.
Jorge, obrigado e um abraço,
Nando
ps: o artigo acima está brilhante
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