Thursday, March 02, 2006
Louvada seja Francisca
Vou cantar-te em Sol e Dó,
Tu que brincas, meu xodó,
Neste coração tão só.
Quero cobrir-te de flores,
Ó mulher dos meus louvores,
Remissão dos pecadores!
No teu Letes benfazejo
Embriagado de beijo,
O teu ímã eu desejo.
No vício e na ruína,
Perdia-me em cada esquina,
Quando vieste, Divina,
Como estrela salutar
Que não deixa naufragar...
Ponho a alma em teu altar!
Lago cheio de virtude,
Nascente da juventude,
Traz a voz ao lábio mudo!
O que era mau, queimaste;
O áspero, alisaste;
O mais fraco, reforçaste.
Na fome, minha taberna,
Na noite, minha lanterna,
No rumo bom me governa.
Põe vigor no meu vigor,
Doce banho de frescor,
Do mais suave odor!
Clareia a virilidade,
Ó cinto da castidade
Tingido de santidade;
Rica taça que faísca,
Pão celeste, fina isca,
Divino vinho, Francisca!
Franciscae meae laudes
Novis te cantabo chordis,
O novelletum quod ludis
In solitudine cordis.
Esto sertis implicata,
O femina delicata,
Per quam solvuntur peccata!
Sicut beneficum Lethe,
Hauriam oscula de te,
Quae imbuta es magnete.
Quum vitiorum tempestas
Turbabat omnes semitas,
Apparuisti, Deitas,
Velut stella salutaris
In naufragiis amaris ...
Suspendam cor tuis aris!
Piscina plena virtutis,
Fons æternæ juventutis,
Labris vocem redde mutis!
Quod erat spurcum, cremasti;
Quod rudius, exaequasti;
Quod debile, confirmasti.
In fame mea taberna,
In nocte mea lucerna,
Recte me semper guberna.
Adde nunc vires viribus,
Dulce balneum suavibus
Unguentatum odoribus!
Meos circa lumbos mica,
O castitatis lorica,
Aqua tincta seraphica;
Patera gemmis corusca,
Panis salsus, mollis esca,
Divinum vinum, Francisca!
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