Sunday, January 08, 2006
Dia 27 da janeiro, 250 anos do nascimento de Mozart. O nome de batismo dele é João Crisóstomo, nome do santo do dia. Mas ficou conhecido pelo terceiro prenome, Wolfgang e, mais ainda, pelo quarto prenome, Gottlieb, que Mozart mudou para Amadeus, o amado de Deus.
Vai ser difícil escapar de Mozart este ano, mas não há risco de overdose, Mozart nunca é demais. Um documentário que está indo ao ar na Inglaterra e vai girar o mundo, In Search of Mozart, defende a tese de que ele é o Shakespeare da música - nenhum compositor chega perto em riqueza de temas, emoções, personagens. Se Shakespeare inventou o humano, como quer Harold Bloom, Mozart deu, ao humano, música.
Quem tiver grana, e paciência para enfrentar as multidões e o calor em agosto, em Salzburg, a cidade natal de Mozart, vai poder ver as 22 óperas que ele compôs. Mozart odiava Salzburg e assim que pôde deixou a cidade para nunca mais voltar. Viena é mais apropriada para lembrá-lo. Mas não é preciso ir longe, basta botar um disco para tocar. Como diz alguém no documentário inglês, Mozart é um amigo íntimo.
Graças ao meu avô eu cresci ouvindo Mozart. Uma peça que eu não canso de ouvir é o concerto em Mi bemol, K. 271, n. 9, também conhecido como Concerto Jeunehomme porque foi composto para a pianista Mlle. Jeunehomme. Albert Einstein disse que esta é "a Heróica de Mozart", comparando o concerto à sinfonia Heróica de Beethoven.
Mozart tinha 21 anos quando compôs este concerto, onde revela arroubos românticos, originalidade e ousadia. Aqui vai o terceiro movimento, Rondeau/ Presto, que contem uma jóia, uma surpresa: um minueto de beleza única, de chorar de bonito. Com Alfred Brendel e a orquestra St Martin in the Fields conduzida por Neville Marriner.
Rondeau/Presto, Concerto n. 9 para piano e orquestra
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