Sunday, January 08, 2006

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PAZ PARA SHARON

Estou escrevendo no domingo quando as chances de Ariel Sharon sobreviver são pequenas e as de que ele volte a governar Israel são nulas.
Durante muito tempo Sharon foi chamado de "açougueiro" e "genocida". Mas agora que a vida dele está chegando ao fim é possível fazer um balanço de cabeça fria e ver o que ele fez de positivo.
Até a mídia árabe está lamentando a partida de Sharon, agora visto como o único líder israelense que poderia fazer alguma coisa para sair do impasse na guerra entra árabes e israelenses iniciada há 58 anos.
Não dá para esquecer que essa guerra começou com a invasão de Israel por todos os lados por quatro exércitos árabes, assim que a ONU aprovou a divisão da Palestina em um estado judeu e outro árabe, plano que os árabes nunca aceitaram. Desde então Israel luta por sua sobrevivência. O secretário geral da Liga Árabe em 1948, Abdul Razek Azzam Pasha foi muito claro: "Esta é uma guerra de extermínio".
O líder ideológico e político dessa guerra de extermínio dos judeus no Oriente Médio era o Grande Mufti (líder muçulmano oficial) de Jerusalém, Haj Amin Al-Husseini, um dos piores criminosos de guerra e terroristas do século XX, mentor e herói de seu sucessor Yasser Arafat.

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O Grande Mufti de Jerusalém, Al-Husseini, com Hitler em Berlim

Al-Husseini fracassou na tentativa de comandar uma rebelião dos árabes na Palestina contra os britânicos e os judeus, e partiu para Berlim onde encontrou Hitler em 1941. Passou a transmitir por rádio, da Alemanha, programas em que incitava os árabes a "matar judeus onde quer que se encontrem". Pregou a adoção da "solução final" nazista na Palestina. Trabalhou ativamente, com sucesso, para mandar crianças judias para os campos de extermínio. Comandou um fracassado ataque terrorista contra Tel Aviv, com armas biológicas para contaminar a água da cidade. Foram capturados a tempo paraquedistas palestinos enviados por Al-Husseini com 10 recipientes contendo toxinas. Cada um teria a capacidade de matar 25 mil pessoas.
Tendo fracassado em comandar a guerra contra Israel em 1947-48 - que terminou com a debandada dos exércitos árabes - Al-Husseini escapou de ser julgado como criminoso de guerra refugiando-se no Egito, onde morreu tranquilo e cultuado como herói da causa palestina, em 1974.
Seus seguidores continuam massacrando civis israelenses e incitando os jovens árabes a morrer explodindo suas bombas covardemente em meio a inocentes, aplaudidos pelos palestinos e seus cúmplices como "mártires".
É contra essa determinação, não só dos árabes, mas de outros povos islâmicos, como os iranianos, de exterminar os judeus, que Israel luta há 58 anos. Nada que Sharon tenha feito, ou sido acusado de fazer, chega perto dos crimes hediondos cometidos pelos árabes contra os judeus.
Se Israel não se defendesse, os muçulmanos executariam um novo Holocausto - e a possibilidade de que o Irã e outras potências islâmicas adquiram armas nucleares torna esse genocídio ainda mais possível. O novo presidente do Irã deixou isso bem claro. Se Israel não tivesse armas nucleares, talvez já tivesse acontecido.
Sharon foi muito atacado com o pretexto de que teria bloqueado a criação de um estado palestino. A verdade é que os palestinos tiveram a maior chance de criar esse estado - depois de terem rejeitado o plano da ONU em 1947 - nas negociações mediadas por Bill Clinton em 2000. Mas embora Israel tenha feito a melhor oferta possível de devolução dos territórios ocupados, Arafat recusou a paz. Preferiu apostar no terror e no extermínio dos judeus. Arafat nunca acreditou na divisão da Palestina e é uma vergonha que esse seguidor do Grande Mufti tenha recebido o prêmio Nobel da Paz.
A "segunda intifada", que já estava planejada quando Arafat repudiou a paz, é atribuída por muitos à "provocação" de Sharon ao visitar o monte do Templo. Mais uma inverdade. A estratégia palestina sempre foi de usar o terrorismo contra civis para quebrar o moral israelense, mas Sharon conseguiu derrotar a segunda intifada. E, na decisão mais corajosa que um líder israelense poderia tomar, retirou os colonos de Gaza, primeira etapa para a devolução dos territórios ocupados e a criação do estado palestino. Por isso ganhou o respeito da mídia árabe moderada, que agora lamenta ter perdido Sharon, o único líder israelense com força e coragem para romper o impasse.
Agora é impossível prever o que vem por aí. Provavelmente, mais violência, já que no lado palestino o poder real está com os terroristas do Hamas, decididos a destruir Israel. O estado judeu vai ter que continuar lutando para impedir um novo Holocausto. E os cúmplices dos terroristas vão continuar acusando os israelenses de "genocidas" e "açougueiros".

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Anna Maria me mandou este belo video: Bill Clinton e a cantora israelense de 16 anos Liel Kolet, cantando Imagine, acompanhados por um coro de crianças israelenses e palestinas. Foi gravado na festa de 80 anos de Shimon Peres em 2004.

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