Monday, January 16, 2006

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Hoje foi o dia de Martin Luther King Jr, o líder da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos assassinado em 1968. Talvez o homem que mais fez neste país para combater, pacificamente, o racismo que ainda deixa marcas tão profunda nesta sociedade.
É animador ver que o legado do Dr. King permanece forte entre os negros americanos. Mas, infelizmente, uma grande parte deles continua a ser manipulada por extremistas tão racistas quanto os supremacistas brancos: os anti-semitas.
Pesquisa recente mostra que 36% dos negros americanos têm posições fortemente anti-semitas - odeiam os judeus e os culpam pela situação de inferioridade dos negros. Essa alta percentagem, que não tem diminuído ao longo dos anos, contrasta com o anti-semitismo entre os brancos, que só tem o apoio de 9% da população branca.
Na ponta-de-lança entre os líderes negros anti-semitas estão americanos que se converteram ao islamismo. Louis Farrakhan, que comanda a organização Nação do Islã, é o mais conhecido e influente. Mas também está crescendo outro grupo, os Novos Panteras Negras. Seu líder, o jovem Malik Zulu Shabazz, foi quem lançou logo depois dos atentados de 11 de Setembro a idéia de que Israel era responsável pelos ataques e de que os judeus que trabalhavam no World Trade Center tinham sido avisados e não foram trabalhar naquele dia. Em seus discursos, Shabazz costuma incitar seus seguidores contra os judeus com frases como: "Matem cada sionista em Israel! Matem os bebês, matem as velhas! Explodam os supermercados judeus!" Já Farrakhan publica livros "provando" que os judeus foram os responsáveis pela escravidão nos Estados Unidos.
As pesquisas de opinião mostram que uma grande parte dos negros acredita nisso. É um desafio para os seguidores de Martin Luther King Jr. acabar com esse câncer que continua contagiando de racismo e ódio a comunidade negra americana.

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