Tuesday, October 11, 2005
Brahms está no extremo oposto ao exibicionismo de hoje em dia, quando todos nós, ou quase todos, nos arvoramos a "criar" e a publicar ou blogar tudo o que vem à cabeça. Brahms passou muitos anos rasgando o que compunha porque julgava não estar à altura do que esperava de si mesmo.
Sinfonia n. 4, Allegro non troppo, New York Philarmonic, Leonard Bernstein
Concerto para Violino, Allegro non troppo, Issac Stern violino, Orquestra da Filadélfia, Eugene Ormandy
Quando Brahms era jovem, Schumann anunciou que Brahms seria o novo Beethoven. E foi mesmo, porque o que sobreviveu à sua feroz autocrítica é música transcendental, sublime - e difícil.
Houve época em que era moda falar mal de Brahms. Françoise Sagan, hoje esquecida, escreveu em 1960 Aimez-vous Brahms?, romance best-seller onde a heroína desancava o compositor, símbolo de tudo que era antiquado e tristonho.
Sinfonia n. 1 , Un poco sostenuto - Allegro, Sergiu Celibidache regendo a Orquestra Sinfônica de Milão
Brahms é o compositor da perda. A morte da mãe levou-o a compor o Requiem Alemão, música que olha a morte frente a frente e encontra esperança.
Sagrados são os mortos, do Requiem Alemão, Filarmônica de Viena, Bernard Haitink
A morte é uma noite fresca, Margaret Price, soprano
Não se casou, manteve-se fiel à sua única paixão (platônica), a viúva de Schumann, a pianista Clara Wieck, que divulgava em seus concertos a obra do amigo. Uma ligação que durou 40 anos. Brahms morreu pouco depois de Clara, em 1897, aos 63 anos.
Concerto para piano n. 1 em Ré menor, Allegro maestoso, Orquestra Concertgebouw, Bernard Haitink, Vladimir Ashkenazy, piano
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