Saturday, October 22, 2005
Do livro O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion (pronuncia-se DAI-dion), sobre a morte do marido, o escritor John Gregory Dunne, em dezembro de 2003. A tradução de grief como a dor da perda me foi sugerida por Sérgio Flaksman. É o que mais se aproxima do sentido em inglês.
"A dor da perda, quando vem, não é nada do que esperávamos que fosse. Não foi o que eu senti quando meus pais morreram. (...) A dor da perda é diferente. A dor da perda não tem distância. A dor da perda vem em ondas, paroxismos, apreensões súbitas que enfraquecem os joelhos e cegam os olhos e obliteram o cotidiano da vida. (...) A dor da perda é um lugar que nenhum de nós conhece até chegarmos lá. (...) Nem podemos saber antecipadamente (e aqui está o cerne da diferença entre a dor da perda como o imaginamos e a dor da perda como realmente é) a infindável ausência que se segue, o vazio, o oposto do sentido, a implacável sucessão de momentos durante os quais confrontamos a experiência da própria falta de sentido".
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