Tuesday, August 09, 2005
Ouça as árias da Rainha da Noite de Mozart na ópera Flauta Mágica, as mais difíceis do repertório lírico, na voz de Karin Ott com Herbert von Karajan regendo a Filarmônica de Berlim.
No primeiro ato, a Rainha da Noite pede ao príncipe Tamino que liberte a filha Pamina, sequestrada segundo ela por um demônio chamado Sarastro. Antes, as damas da Rainha deram a Tamino um retrato de Pamina, por quem ele se apaixona perdidamente, e uma flauta mágica com a qual ele parte em busca da amada para libertá-la.
A Flauta Mágica, ato I, cena 4, recitativo e ária
No segundo ato, a Rainha da Noite se desespera ao descobrir que Tamino se tornou um dos iniciados do culto ao Sol, à Razão e à Verdade, comandado por Sarastro. A Rainha encontra a filha Pamina e lhe entrega um punhal para que Pamina mate Sarastro. Mas Pamina ama Sarastro, que é na verdade seu pai. Esta ária é uma das maiores chantagens emocionais da história da Arte.
"Um inferno vingativo pulsa no meu coração,
Morte e desespero flamejam em torno a mim!
Se não matares Sarastro com tua própria mão,
Filha minha nunca mais serás.
(entra aqui um dos trinados mais belos da Música)
Serás repudiada, para sempre abandonada,
Cortada da natureza que nos une,
Se eu não vir Sarastro ser morto por ti!
Deuses da vingança, ouvi esta praga de mãe!"
Com o punhal na mão, dividida entre mãe e pai, Pamina se pergunta, o que fazer? Sarastro, o pai, a surpreende, e ela implora: "Pai, não puna minha mãe! A dor de me perder..."
E ele responde: "Fica tranquila. Verás como eu me vingo da tua mãe."
A Flauta Mágica, ato II, cena 14, ária
Numa única noite de verão, no deserto, a Rainha da Noite abre sua flor ao cair da tarde. Aos primeiros raios do Sol, ela se fecha para sempre.
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