Friday, August 19, 2005
A Vista de Delft é o chef-d'oeuvre de Vermeer. Para ver a riqueza de detalhes vá ao site Essential Vermeer .
O quadro ficou ainda mais famoso por ter sido usado por Proust como símbolo da transcendência na Arte, no episódio da morte do escritor Bergotte.
Bergotte vai ver o quadro, exposto em Paris, para descobrir o "pequeno muro amarelo" descrito por um crítico como "tão precioso quanto uma pintura chinesa" e que Bergotte não conseguia ver nas reproduções.
Diante do quadro, Bergotte encontra a manchinha amarela e tem uma epifania, a revelação de que toda a obra dele não vale aquela mancha de pintura. O escritor tem um ataque e morre, rolando pelo chão da galeria.
Proust se baseou num episódio real. Ele mesmo foi ver o quadro (e a tal mancha amarela), mas teve uma tonteira forte, sentiu-se mal. Foi a última vez que Prosut saiu de casa, passou o resto da vida na cama.
Os críticos não concordam sobre qual das manchas amarelas no quadro seria a de Bergotte e Proust. A discussão já rendeu vários livros. Há três fortes candidatas. Escolha a sua.
O fato é que toda a superfície do quadro, cada detalhe, a luminosidade das nuvens, os reflexos na água, o sol brilhando em pequenas centelhas refletidas, a serenidade das figuras humanas, tudo é tão ou mais precioso do que qualquer pintura, chinesa ou não.
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