Sunday, June 05, 2005
O HOMEM QUE PAPOU BAGDÁ PRO PAPAI
de Robert Grossman
Eu vivia feliz, agora estou no osso.
Derrubaram-me a estátua, cortaram o pescoço.
Me pegaram escondido no fundo de um poço.
Foi o filho do homem, George Bush, o Moço.
Aqui tem tanto óleo que onde fura sai.
No que o Ianque botou o olho, bye bye.
Embrulhado pra presente de bandeja vai
"Do homem que papou Bagdá, pro papai".
Ele voa nos céus e tristezas me dá,
O jovem valentão que papou Bagdá.
Com espanto e choque e fúria no ataque
Do meu querido Iraque ele fez pó--de-traque.
Com cara de pau e redobrada malícia
Explodiu-me o palácio e matou-me a milícia
(mas cadê as armas de destruição maciça?),
Esse filho do filho de uma meretrícia!
Agora ele me chama de amigo do Osama
Porque não está bem informado dos fatos
E eu aqui na prisão sem o meu pijama
Sou forçado a praticar os mais estranhos atos.
E ele voa nos céus com incrível destreza
Tendo como fluido do petróleo a riqueza.
Os bons republicanos lhe dão cama e mesa.
E o meu Iraque é a sua presa.
Ele tomou o Iraque e daqui por diante
Usará seus fantoches de terno e turbante
Pra fazer de conta que é bom governante
-- e eu sei como o poder é inebriante...
Mas a América vai precisar de músculos
Enquanto explodem um a um os filhos dela,
Vai ter que aprender a não ter mais escrúpulos
E a fatiar gente como mortadela.
Ó Bush, de Bagdá o Meliante-em-Chefe,
Elevado ao poder por uma fraude, um blefe,
Agora enfrentas outro milionário viril.
Por que não vão todos pra puta que os pariu?
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